Propriedade de futebolistas por terceiros sem espaço na UEFA.
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O secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino, reiterou que o organismo é opositor à propriedade de passes de futebolistas por terceiros, em artigo publicado na revista UEFA Direct.
«Levanta questões éticas e morais. Será apropriado que uma terceira pessoa detenha os direitos de um ser humano e os comercialize como um ativo? Isso seria inaceitável na sociedade e não tem lugar no futebol.
Os futebolistas (como todos os outros) devem ter o direito de decidir o seu futuro», pode ler-se no artigo assinado por Infantino.
O secretário-geral do organismo, cujo Conselho Estratégico para o Futebol Profissional está a analisar o tema, defende uma «abordagem rigorosa» a esta realidade, admitindo que pode estar em causa «a integridade das competições desportivas».
«O que acontece quando a mesma empresa ou fundo detém os direitos económicos de muitos jogadores em diferentes equipas? Existe um risco real de conflito de interesses. O perigo de resultados manipulados é algo a que a UEFA tem de estar atenta, agora mais do que nunca», frisou.
Infantino acrescentou que o modelo de negócio dos terceiros detentores de passes assenta nas transferências constantes de futebolistas e provoca «instabilidade contratual e, a longo prazo, numa perda de receita a nível desportivo».
«Esta prática colide com a filosofia económica e desportiva do ‘fair-play’ financeiro, assegurando que os clubes vivem pelos próprios meios. Os clubes não devem aceitar investimentos de terceiros para adquirir jogadores que não podem pagar. A longo prazo, isso não é bom nem para o clube nem para o jogador.
Funcionando como uma solução rápida, a curto prazo vai criar situações de conflito com as regras e princípios do ‘fair-play’ financeiro», sublinhou.
Recordando que a FIFA encomendou um estudo sobre a questão, Infantino advertiu que «a UEFA, juntamente com o Conselho Estratégico para o Futebol Profissional, está pronta a implementar regras adequadas para a supressão desta atividade» nas competições europeias, mostrando-se compreensivo quanto à necessidade de existir «um período de adaptação».
«A UEFA seria a favor de medidas transitórias. No entanto, somos firmes na convicção de que os terceiros proprietários de jogadores não têm lugar no futebol e a nossa prioridade continua a ser proteger o nosso desporto, construindo e mantendo a sua estabilidade a longo prazo», concluiu.
Em novembro de 2012, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo, considerou que a proibição da partilha de passes de futebolistas com terceiros será «uma tragédia» e que «vai matar o futebol português tal como o conhecemos hoje em dia».
Um mês depois, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, considerou «uma vitória» a instituição de um período de transição sobre esta matéria, reconhecendo que a proibição terá «um impacto extremamente negativo no futebol português».
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O secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino, reiterou que o organismo é opositor à propriedade de passes de futebolistas por terceiros, em artigo publicado na revista UEFA Direct.
«Levanta questões éticas e morais. Será apropriado que uma terceira pessoa detenha os direitos de um ser humano e os comercialize como um ativo? Isso seria inaceitável na sociedade e não tem lugar no futebol.
Os futebolistas (como todos os outros) devem ter o direito de decidir o seu futuro», pode ler-se no artigo assinado por Infantino.
O secretário-geral do organismo, cujo Conselho Estratégico para o Futebol Profissional está a analisar o tema, defende uma «abordagem rigorosa» a esta realidade, admitindo que pode estar em causa «a integridade das competições desportivas».
«O que acontece quando a mesma empresa ou fundo detém os direitos económicos de muitos jogadores em diferentes equipas? Existe um risco real de conflito de interesses. O perigo de resultados manipulados é algo a que a UEFA tem de estar atenta, agora mais do que nunca», frisou.
Infantino acrescentou que o modelo de negócio dos terceiros detentores de passes assenta nas transferências constantes de futebolistas e provoca «instabilidade contratual e, a longo prazo, numa perda de receita a nível desportivo».
«Esta prática colide com a filosofia económica e desportiva do ‘fair-play’ financeiro, assegurando que os clubes vivem pelos próprios meios. Os clubes não devem aceitar investimentos de terceiros para adquirir jogadores que não podem pagar. A longo prazo, isso não é bom nem para o clube nem para o jogador.
Funcionando como uma solução rápida, a curto prazo vai criar situações de conflito com as regras e princípios do ‘fair-play’ financeiro», sublinhou.
Recordando que a FIFA encomendou um estudo sobre a questão, Infantino advertiu que «a UEFA, juntamente com o Conselho Estratégico para o Futebol Profissional, está pronta a implementar regras adequadas para a supressão desta atividade» nas competições europeias, mostrando-se compreensivo quanto à necessidade de existir «um período de adaptação».
«A UEFA seria a favor de medidas transitórias. No entanto, somos firmes na convicção de que os terceiros proprietários de jogadores não têm lugar no futebol e a nossa prioridade continua a ser proteger o nosso desporto, construindo e mantendo a sua estabilidade a longo prazo», concluiu.
Em novembro de 2012, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo, considerou que a proibição da partilha de passes de futebolistas com terceiros será «uma tragédia» e que «vai matar o futebol português tal como o conhecemos hoje em dia».
Um mês depois, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, considerou «uma vitória» a instituição de um período de transição sobre esta matéria, reconhecendo que a proibição terá «um impacto extremamente negativo no futebol português».