A 15 de maio joga-se em Amesterdão a nona final da Liga Europa/Taça UEFA, desde que em 2004/2005 se iniciou o novo modelo da competição, com fase de grupos e equipas "repescadas" da Liga dos Campeões. A Arena holandesa recebe dois campeões europeus - Benfica e Chelsea - com um trajeto comum em 2012/2013: ambos caíram na fase de grupos da prova milionária; e é por aí que o zerozero.pt viaja neste texto, onde se prova que a Liga Europa vive com o selo da Champions.
Mourinho e AVB contra "repescagens"
Antes de atestar que a Liga dos Campeões tem tido influência importante nas finais da Liga Europa, é importante recuperar as posições de dois treinadores portugueses sobre o modelo adotado pela UEFA em 2004/2005. José Mourinho e André Villas-Boas fizeram questão de mostrar - mais do que uma vez - que não aprovam a "repescagem" de equipas que terminam a fase de grupos da Liga dos Campeões no 3.º lugar. Há nisso um sentimento de desvirtuação da segunda prova de clubes mais importante, como mostra o emparelhamento das finais desde a edição “piloto” em 2004/2005.
Seis finais em nove com presenças "milionárias"
O exercício começa no presente e recua no tempo, iniciando e terminando com presença portuguesa. A final deste ano da Liga Europa disputar-se-á entre Benfica e Chelsea, duas formações que falharam o objetivo de chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, com a agravante dos londrinos ainda serem o campeão europeu em título. A constelação desta época encontra paralelo em mais uma final da Liga Europa: 2008/2009.
Aí, o Shakthar Donetsk e Werder Bremen passaram da Champions para a Liga Europa no final do ano e ambas chegariam ao jogo decisivo da prova; o triunfo cairia para o lado ucraniano, por 2x1, após prolongamento. Já em 2005, na primeira edição da reformulada Taça UEFA, o Sporting defrontou em Alvalade os russos do CSKA Moskva depois dos russos terem passado pela Liga dos Campeões. A vitória, essa, foi para a Rússia, como é sabido (1x3).
Para lá destas três finais com equipas oriundas da Champions, a Liga Europa teve ainda mais três com presença de uma formação "repescada". Em 2010/2011, quando o SC Braga se estreou na prova dos "campeões" mas acabou na final de Dublin, onde perdeu com o FC Porto por 1x0; na época anterior (2009/2010), ano em que o At. Madrid bateu o Fulham por 2x1, depois de ter chegado à Liga Europa na viragem do ano; e por fim, 2007/2008, que contou com o Glasgow Rangers como representante da Champions na final, frente ao Zenit St. Petersburg, com o título a cair para o lado russo, com um triunfo por 2x0.
As três finais 100 por cento Liga Europa
Há três exceções à interferência “externa” da Liga dos Campeões nas finais da Liga Europa. Em 2011/2012, quando o At. Madrid bateu o Ath. Bilbao, por 3x0; em 2005/2006, ano em que os ingleses do Middlesbrough foram goleados pelo Sevilla (0x4), e na época seguinte, com nova vitória do Sevilla, agora sobre o Espanyol, nas grandes penalidades (2x2; 3x1).
Feitas as contas, dois terços das finais da Liga Europa/Taça UEFA jogadas desde 2005 tiveram, pelo menos, uma equipa proveniente da fase de grupos da Liga dos Campeões. Ainda assim, o saldo de vitórias é favorável aos conjuntos da Liga Europa, que venceram cinco das oitos finais realizadas. Esta época, no entanto, já se sabe que as contas ficam mais equilibradas, quer seja o Benfica ou o Chelsea a festejar a conquista europeia em Amesterdão.
Mourinho e AVB contra "repescagens"
Antes de atestar que a Liga dos Campeões tem tido influência importante nas finais da Liga Europa, é importante recuperar as posições de dois treinadores portugueses sobre o modelo adotado pela UEFA em 2004/2005. José Mourinho e André Villas-Boas fizeram questão de mostrar - mais do que uma vez - que não aprovam a "repescagem" de equipas que terminam a fase de grupos da Liga dos Campeões no 3.º lugar. Há nisso um sentimento de desvirtuação da segunda prova de clubes mais importante, como mostra o emparelhamento das finais desde a edição “piloto” em 2004/2005.
Seis finais em nove com presenças "milionárias"
O exercício começa no presente e recua no tempo, iniciando e terminando com presença portuguesa. A final deste ano da Liga Europa disputar-se-á entre Benfica e Chelsea, duas formações que falharam o objetivo de chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, com a agravante dos londrinos ainda serem o campeão europeu em título. A constelação desta época encontra paralelo em mais uma final da Liga Europa: 2008/2009.
Aí, o Shakthar Donetsk e Werder Bremen passaram da Champions para a Liga Europa no final do ano e ambas chegariam ao jogo decisivo da prova; o triunfo cairia para o lado ucraniano, por 2x1, após prolongamento. Já em 2005, na primeira edição da reformulada Taça UEFA, o Sporting defrontou em Alvalade os russos do CSKA Moskva depois dos russos terem passado pela Liga dos Campeões. A vitória, essa, foi para a Rússia, como é sabido (1x3).
Para lá destas três finais com equipas oriundas da Champions, a Liga Europa teve ainda mais três com presença de uma formação "repescada". Em 2010/2011, quando o SC Braga se estreou na prova dos "campeões" mas acabou na final de Dublin, onde perdeu com o FC Porto por 1x0; na época anterior (2009/2010), ano em que o At. Madrid bateu o Fulham por 2x1, depois de ter chegado à Liga Europa na viragem do ano; e por fim, 2007/2008, que contou com o Glasgow Rangers como representante da Champions na final, frente ao Zenit St. Petersburg, com o título a cair para o lado russo, com um triunfo por 2x0.
As três finais 100 por cento Liga Europa
Há três exceções à interferência “externa” da Liga dos Campeões nas finais da Liga Europa. Em 2011/2012, quando o At. Madrid bateu o Ath. Bilbao, por 3x0; em 2005/2006, ano em que os ingleses do Middlesbrough foram goleados pelo Sevilla (0x4), e na época seguinte, com nova vitória do Sevilla, agora sobre o Espanyol, nas grandes penalidades (2x2; 3x1).
Feitas as contas, dois terços das finais da Liga Europa/Taça UEFA jogadas desde 2005 tiveram, pelo menos, uma equipa proveniente da fase de grupos da Liga dos Campeões. Ainda assim, o saldo de vitórias é favorável aos conjuntos da Liga Europa, que venceram cinco das oitos finais realizadas. Esta época, no entanto, já se sabe que as contas ficam mais equilibradas, quer seja o Benfica ou o Chelsea a festejar a conquista europeia em Amesterdão.