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Entrevista a Éder: «Foi difícil chegar onde cheguei» L2FCOFK

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Entrevista a Éder: «Foi difícil chegar onde cheguei»

 







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#1erms 
erms

Immortal
Maisfutebol entrevistou o avançado do Sp. Braga, que conta os dias para o regresso em grande aos relvados.

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São catorze horas e trinta minutos. Encontramo-nos no interior do Estádio AXA, na cidade de Braga, prestes a iniciar a uma autêntica visita guiada ao passado, presente e até futuro de Éderzito António Macedo Lopes, conhecido simplesmente como Éder.

Éder, jogador que o Sp. Braga recrutou em Coimbra, depois de expirar o seu contrato com a Académica, nasceu para o futebol. Se já ouvimos dizer tantas vezes que o sonho comanda a vida, é bem possível que a sua história seja uma das que melhor espelha essa realidade.

Nasceu na Guiné-Bissau, a 22 de dezembro de 1987 e apenas três anos depois já se encontrava na capital portuguesa, juntamente com a família. A temporada em Lisboa foi de curta duração, pois depressa seguiu rumo ao Lar Girassol, de Coimbra, após uma breve passagem pelo Colégio Obra do Frei Gil, em Braga.

Os pais do jogador não tinham na altura condições financeiras para manter Éder em casa. O jovem foi institucionalizado por iniciativa dos próprios progenitores.

- Foi difícil de aceitar. Depois de um tempinho na instituição, comecei a adaptar-me e vi que era o melhor para mim. Tenho uma série de boas recordações.

Foi na cidade dos «estudantes» que Éder, ao longo da sua infância e adolescência, despertou para o «desporto rei». É por entre vultos de memória que o jogador recorda as traquinices, os vidros partidos no pátio da escola e os consequentes raspanetes, e de como acabou por ser no Adémia, clube da Associação de Futebol de Coimbra, que deu os primeiros passos como atleta federado.

O percurso ainda foi longo, mas a oportunidade de alinhar pela Académica de Coimbra lá acabou por surgir. Éder não a desperdiçou. Para trás, ficaram anos de resistência a tentações, a desvios naturais na vida de uma criança institucionalizada. O jovem fintou o destino.

- Sempre acreditei. Sabia que era difícil, mas acreditava nas minhas capacidades e, com a ajuda dos amigos, consegui chegar onde cheguei.

Quatro épocas no emblema conimbricense permitiram-lhe lidar com treinadores como Domingos Paciência, André Villas-Boas, Jorge Costa ou Pedro Emanuel e, talvez por isso, Éder deixou-se contagiar pela mesma ambição e vontade de ganhar que reconhece nos técnicos com quem aí trabalhou.

Os anos passados na Académica foram bastante proveitosos para o jogador que viu os seus préstimos cobiçados, de forma incontornável, por diversos emblemas. O destino acabou por colocá-lo em Braga, cidade onde, aliás, havia vivido por um curto espaço de tempo durante a sua infância.

Sem grande concorrência ao seu nível, Éder conquistou desde logo o seu espaço e tornou-se num dos titulares indiscutíveis da formação arsenalista, facto que lhe proporcionou a chamada à Seleção Nacional, comandada por Paulo Bento.

- Foi aqui que cresci e foi aqui que aprendi tudo. Por essa ligação, e por tudo o que o país me deu, optei por representar Portugal.

Infelizmente, o jogador do Sp. Braga viu-se obrigado a interromper a participação em todas as competições nas quais estava envolvido, devido a uma lesão contraída no jogo da meia-final da Taça da Liga, frente ao Benfica, a 27 de fevereiro de 2013.

- Vou conseguir superar. É só pensar em recuperar. É para isso que estou a trabalhar com a equipa médica e com a equipa técnica do Sp. Braga, que me têm dado muito apoio, e acredito que vai correr tudo bem.


Éder: o lar, os puxões de orelha e os vidros partidos

Avançado cresceu numa instituição, onde os pais o deixaram.

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Éder cresceu numa instituição sem deixar esvaecer o sonho do futebol. O avançado do Sp. Braga recorda as traquinices no Lar Girassol, os puxões de orelha, os raspanetes por causa dos vidros partidos. Chegou a ser afastado do futebol por causa das notas. Resistiu a tudo. E venceu.

MF - Nasceu na Guiné-Bissau e foi para Lisboa com três anos. Sentindo uma ligação à Guiné-Bissau, nunca pensou representar essa seleção?
- Vim para cá muito novo e, desde então, estou habituado à cultura portuguesa e sinto-me português. Mas tenho as minhas raízes. Nunca fui lá e é claro que gostaria de visitar o país onde nasci. Porém, foi aqui que cresci e foi aqui que aprendi tudo. Por essa ligação, e por tudo o que o país me deu, optei por representar Portugal.

- O que sentiu quando os seus pais tomaram a decisão de o colocar num colégio? Foi difícil de aceitar?
- Sim, foi difícil de aceitar. Até porque estava habituado a ver os meus colegas a viver com os pais. Depois de um tempinho na instituição, comecei a adaptar-me e vi que era o melhor para mim.

- O que recupera do Lar Girassol, onde esteve desde os oito anos?
- Muita coisa. As brincadeiras com os meus colegas. Ainda tenho muitos amigos que fiz na instituição. As futeboladas que fazíamos... Tenho uma série de boas recordações.

- Deve haver muitos episódios interessantes desse período...
- Há alguns episódios engraçados, sim. Um deles tem a ver com o facto de jogarmos futebol lá no pátio e eu partir muitos vidros. Tive alguns castigos por causa disso. Uns puxões de orelhas, uns raspanetes, ir para cama mais cedo, não ver televisão. Por outro lado, chegaram a tirar-me do futebol por causa das notas e o treinador do Adémia foi ao colégio pedir para eu jogar. Mesmo que eu não treinasse durante a semana, ele ia pedir que eu fosse só ao jogos. Também na altura do Adémia, havia um senhor que tinha um talho, e que por cada golo que eu marcava oferecia-me uma febra. Então, no final da época, fazíamos sempre uma almoçarada com as febras todas.

- Quando visita o Lar Girassol, as crianças reconhecem-no? O que lhes costuma dizer?
- Sim, sim, mesmo os mais miúdos sabem quem eu sou. Agora não tenho tido muito tempo, mas continuo a ir lá. A mensagem que costumo deixar é simples. Digo-lhes que é possível alcançar os nossos objetivos se acreditarmos.

- Como começou a jogar futebol a nível federado?
- Eu jogava na escola, no Instituto Educativo de Souselas, costumava participar nos torneios do desporto escolar e um professor meu viu-me a jogar na escola. Perguntou-me porque é que não ia treinar ao Adémia, onde ele era treinador. Ele fez-me o convite, eu pedi autorização no colégio e foi assim que comecei a jogar.

- Não conseguiu entrar na Académica mais cedo por ser estrangeiro. Pensou desistir? Chegou a parar um ano. O que fez durante esse período?
- Durante esse ano joguei futebol somente com os amigos, por diversão. Foi complicado porque foi no ano da transição de júnior para sénior e muita gente me disse que seria difícil ficar parado durante esse ano. Cheguei a pensar que ia ser complicado, não pensei em desistir, mas sabia que ia ser complicado. Exigiu muita vontade e algum espírito de sacrifício.

- Foi para o Tourizense ganhar 400 euros. O que fez com os primeiros salários?
- Dei parte à minha mãe e, como o dinheiro era necessário no dia-a-dia, gastei-o nas coisas essenciais.

- Já nessa altura tinha esperanças e sentia ter capacidades para voos mais altos?
- Sim, sempre acreditei. Sabia que era difícil, mas acreditava nas minhas capacidades e, com a ajuda dos amigos, consegui chegar onde cheguei.



Éder: «Lamento não ter ajudado mais o Braga»


Avançado recorda velhos tempos na companhia dos estorilistas Licá e Gonçalo.

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Éder foi institucionalizado quando era jovem e chegou a passar por Braga. Durante um ano, esteve na obra do Frei Gil. Rumaria a Coimbra e despontaria na Académica até regressar à cidade dos Arcebispos, onde realizou uma bela temporada, marcada por uma lesão que condicionou a sua afirmação.

- Em Touriz jogou com nomes como Licá e Gonçalo Santos, que agora se destacam no Estoril. Como foram esses tempos com eles? Acha que merecem algo mais, como um grande ou a seleção?
- Sim, acho que merecem algo mais. Ainda mantemos contacto, são meus amigos e, pelas qualidades que eles têm, acho que merecem mais, sem dúvida. Para além das qualidades futebolísticas, são também grandes pessoas.

- E há alguma situação especial ou caricata desses tempos que queira recordar?
- Cheguei a viver com o Licá, quando fomos para a Académica. Também vivi com o Gonçalo, em Touriz. Há muitos episódios engraçados, mas....» [risos].

- Teve vários treinadores na Académica como Domingos, Pedro Emanuel, Jorge Costa ou Villas-Boas. O que recorda deles?
A vontade de vencer. São grandes treinadores e foram sempre muito ambiciosos.

- Tinha vários clubes interessados, mas acabou por assinar pelo Sp. Braga. Porquê essa aposta?
- Recebi o convite do Sp. Braga e achei que era um bom projeto para mim. Decidi agarrar a oportunidade com todas as forças e acho que me tem corrido bem, tirando este pequeno infortúnio. Acho que optei bem e sinto-me feliz aqui.

- Esta vinda para Braga acaba por ser, também, um regresso...
- Sim, é verdade. Antes de ir para o Lar Girassol, em Coimbra, estive internado aqui em Braga na obra do Frei Gil, e passei cá um ano. Por isso, acaba por ser um regresso a Braga, e um regresso feliz.

- Lesionou-se numa fase crucial da época. Foi a sua primeira lesão grave na carreira?
- Sim, foi a mais grave até agora. Já tinha sido operado ao menisco, mas esta é, sem dúvida, uma lesão mais grave. Mas vou conseguir superar.

- Como tem sido o seu dia a dia? É difícil lidar com esta situação?
- Não tem sido muito difícil lidar com a situação. Os primeiros dias depois de saber o diagnóstico foram um bocado chatos, atendendo até ao momento por que eu estava a passar. Depois disso, é só pensar em recuperar. É para isso que estou a trabalhar com a equipa médica e com a equipa técnica do Sp. Braga, que me têm dado muito apoio, e acredito que vai correr tudo bem.
- Lamentou não ter ajudado mais o Sp. Braga nesta temporada?
- Lamento não ter podido fazer parte da lista de convocados de alguns jogos. Lamento não ter estado mais presente, mas estive sempre a torcer pelos meus colegas.

Acha que com a sua ajuda esta disputa pela Liga dos Campeões teria ficado resolvida mais cedo?
- Vivia um bom momento, as coisas estavam a correr-me bem. O que aconteceu foi uma infelicidade, mas nós temos jogadores com o seu valor e que souberam ajudar a equipa.


Éder: «Jogar em Inglaterra seria sonho realizado»


Avançado pensa no regresso à Seleção

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As exibições com a camisola do Sp. Braga convenceram Paulo Bento. Éder passou a ser opção regular na Seleção Nacional. A lesão condicionou a sua afirmação, mas o avançado já pensa no regresso, em repetir momentos como aquele em que fintou Carrick em Old Trafford, na Liga dos Campeões. Inglaterra é mesmo o destino de sonho para Éder.

- Que reação teve quando soube que estava convocado para a Seleção e quando se estreou?
- A minha reação... Bem, estava em casa e ia começar a almoçar quando recebi o telefonema. Fiquei em êxtase e já nem quis comer porque estava em choque. Foi com enorme felicidade que recebi o telefonema e nem consegui comer. A minha estreia foi contra o Azerbaijão, aqui em Braga. Ainda por cima em Braga!

- Esta lesão acabou por condicionar a sua afirmação na seleção. Espera voltar a ser opção para Paulo Bento em breve?
- O objetivo agora é recuperar bem e depois espero ajudar o Sp Braga naquilo que puder. Se voltar a ser chamado, claro, ficarei muito feliz e darei o meu máximo.

- Em criança, costumava ver os jogos do futebol inglês e sobretudo do Man. United. Como foi jogar em Old Trafford, para a Liga dos Campeões?
- Foi fantástico jogar contra o Man. United, ainda por cima pelo Sp. Braga, o clube que me tem dado a visibilidade que tenho neste momento. Foi um jogo especial.

- Fez uma finta sobre o Carrick que ficou famosa, num lance que terminou em golo do Alan. O que pensa um jogador naquele momento?
- Bem, naquele momento não pensei na finta. Consegui passar pelo Carrick, assisti o Alan e ele marcou. Claro, para felicidade minha ainda bem que o Alan marcou, assim tornou-se num lance que passou imensas vezes. Caso contrário, não se teria dado tanta importância. Mas só quando cheguei a casa, e vi a repetição, é que desfrutei do momento.

- Sente que vai jogar em Inglaterra mais cedo ou mais tarde?
- Não, só penso em fazer mais e melhor pelo Braga, onde me quero afirmar. Se um dia puder jogar no campeonato inglês será um sonho realizado, até porque é um dos campeonatos que sempre acompanhei.

- Se tal acontecesse no Man. United era ouro sobre azul?
- Não tenho preferência pela equipa, a preferência é mesmo o campeonato inglês, sempre foi.

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